Descoberta de estela antropomórfica pré-histórica
No dia 1 de Abril de 2006 desenvolveram-se trabalhos relativos ao registo de um importantíssimo vestígio arqueológico em Celorico de Basto: uma estela-ídolo pré-histórica.
Foi descoberta casualmente em 2004 no denominado Crasto de Barrega, na freguesia de Borba da Montanha (num povoado já identificado no início dos anos 90), por um morador da vizinha freguesia de Carvalho.
O autor da descoberta descreveu-a como “…uma pedra redonda com uma espécie de mãozinhas desenhadas…”. A verificação e confirmação foram feitas no final de 2005 por Jorge Sampaio (responsável pela Carta Arqueológica concelhia) e Pedro Gonçalves (colaborador e responsável pelo inventário na área de História e Património Construído), no decurso de recolhas orais feitas no âmbito daquele projecto.
Este tipo de vestígio constitui um exemplar de arte escultórica pré-histórica e a sua cronologia remete para o Calcolítico final ou início da Idade do Bronze (entre o III e o II milénio antes de Cristo). Distribui-se um pouco por todo o território peninsular, concentrando-se, depois, por grupos bem definidos, observando-se, no caso concreto, fortes semelhanças (ao nível decorativo e morfológico) com os denominados ídolos clássicos, identificados na região central da Meseta ocidental, entre Salamanca e Cáceres (“grupo Hurdes-Gata”). Em Portugal encontram-se paralelos em Moncorvo (Trás-os-Montes), Guarda (Beira Alta) e Crato (Alentejo), sendo o 1º grupo aquele que mais se aproxima.
Trata-se de um bloco de morfologia oval, polido, onde foi produzida, por incisão, uma figuração antropomórfica representando a cabeça: olhos, nariz e boca; as mãos e braços; e elementos de adorno (colares). A função e significado deste tipo de vestígios têm sido associados a uma função ritual funerária, a qual não está de todo clarificada.
Jorge Sampaio, o responsável pelo estudo da peça, refere que: “este é um achado importantíssimo não só pela pouca frequência com que aparecem, como pelo facto de se conhecer o local exacto onde estava originalmente (um povoado da Pré-História recente). Este achado vem, ainda, reforçar o estudo e consequente conhecimento das manifestações artísticas das comunidades pré-históricas da parte ocidental da península ibérica”.Os trabalhos relativos ao registo (desenho e fotografia) do referido vestígio foram levados a cabo pelos arqueólogos Rosa Jardim e Bruno Figueira.
Texto baseado no trabalho do Arqueólogo Jorge Sampaio.
No dia 1 de Abril de 2006 desenvolveram-se trabalhos relativos ao registo de um importantíssimo vestígio arqueológico em Celorico de Basto: uma estela-ídolo pré-histórica.
Foi descoberta casualmente em 2004 no denominado Crasto de Barrega, na freguesia de Borba da Montanha (num povoado já identificado no início dos anos 90), por um morador da vizinha freguesia de Carvalho.
O autor da descoberta descreveu-a como “…uma pedra redonda com uma espécie de mãozinhas desenhadas…”. A verificação e confirmação foram feitas no final de 2005 por Jorge Sampaio (responsável pela Carta Arqueológica concelhia) e Pedro Gonçalves (colaborador e responsável pelo inventário na área de História e Património Construído), no decurso de recolhas orais feitas no âmbito daquele projecto.
Este tipo de vestígio constitui um exemplar de arte escultórica pré-histórica e a sua cronologia remete para o Calcolítico final ou início da Idade do Bronze (entre o III e o II milénio antes de Cristo). Distribui-se um pouco por todo o território peninsular, concentrando-se, depois, por grupos bem definidos, observando-se, no caso concreto, fortes semelhanças (ao nível decorativo e morfológico) com os denominados ídolos clássicos, identificados na região central da Meseta ocidental, entre Salamanca e Cáceres (“grupo Hurdes-Gata”). Em Portugal encontram-se paralelos em Moncorvo (Trás-os-Montes), Guarda (Beira Alta) e Crato (Alentejo), sendo o 1º grupo aquele que mais se aproxima.
Trata-se de um bloco de morfologia oval, polido, onde foi produzida, por incisão, uma figuração antropomórfica representando a cabeça: olhos, nariz e boca; as mãos e braços; e elementos de adorno (colares). A função e significado deste tipo de vestígios têm sido associados a uma função ritual funerária, a qual não está de todo clarificada.
Jorge Sampaio, o responsável pelo estudo da peça, refere que: “este é um achado importantíssimo não só pela pouca frequência com que aparecem, como pelo facto de se conhecer o local exacto onde estava originalmente (um povoado da Pré-História recente). Este achado vem, ainda, reforçar o estudo e consequente conhecimento das manifestações artísticas das comunidades pré-históricas da parte ocidental da península ibérica”.Os trabalhos relativos ao registo (desenho e fotografia) do referido vestígio foram levados a cabo pelos arqueólogos Rosa Jardim e Bruno Figueira.
Texto baseado no trabalho do Arqueólogo Jorge Sampaio.
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