domingo, janeiro 28, 2007

Veade




A freguesia de Veade tem uma população de 707 habitantes e 318 edifícios (Censos de 2001) e fica a cerca de 4,5 km da sede do concelho.




Orago:
Santa Maria/Nossa Senhora das Candeias




Pároco:
Padre Parcídio Rodrigues

Feiras: Quinzenal em Fermil, e feira anual a 19 de Abril
Festas e romarias: Senhora das Candeias (2 de Fevereiro), Via Sacra (Páscoa) e Senhora da Conceição (último domingo de Junho).
Património cultural e edificado: Igreja Paroquial, Cruzeiro, Capelas de Nossa Senhora da Conceição e S. Gregório, em Fermil, além das anexas aos solares da casa da Boavista e da casa de Veade.
A ponte de Matamá foi construída em 1935 e é considerada das maiores pontes em granito dos caminhos-de-ferro da Europa.
Casas brasonadas: Casa da Boavista, Casa do Outeiro, Casa de Veade e Casa do Barão de Fermil.
Casas solarengas: Casa de Peneireiros, Casa de Cerdeiredo e Casa da Renda.
Alminhas: Lugar da Cruz das Almas.
Colectividades: Associação Cultural e Recreativa de Veade e Fanfarra da Juventude de Veade.

Presidente da Junta:
Maria Rosa Ribeiro Ramos, natural da freguesia de Veade e residente no lugar da Boucinha. Nasceu em 25 de Janeiro de 1955, filha de António Teixeira da Silva Ramos e Rosa Ribeiro, cumpre o primeiro mandato à frente dos destinos desta freguesia.



Secretário da Junta:
José Fernando Gonçalves Barbosa, natural da freguesia de Veade e residente na vila de Fermil de Basto. Nasceu em 10 de Setembro de 1951, filho de José Barbosa e Maria Carolina Gonçalves, exerce o segundo mandato no executivo da Junta.




Tesoureiro da Junta:
Gaspar Gonçalves de Moura, natural da freguesia de Veade e residente na Rua Nova. Nasceu em 20 de Julho de 1956, filho de António Alves de Moura e Emília Gonçalves, cumpre o sexto mandato nos órgãos da Junta de Freguesia.





sábado, janeiro 06, 2007

Mapa Celorico de Basto

O concelho de Celorico de Basto pertence ao distrito de Braga, à Comunidade Urbana do Tâmega e constitui, juntamente com os concelhos vizinhos de Mondim de Basto, Cabeceiras de Basto e Ribeira de Pena, a muito antiga e característica área conhecida por Terras de Basto.

Celorico de Basto está rodeado por cadeias montanhosas, das quais se destacam o Marão, o Alvão e a Cabreira. Tem no pico do Viso (freguesia de Caçarilhe) o ponto mais elevado, a 856 m de altitude. Com um relevo acidentado, apresenta vastas áreas planálticas alternando com vales estreitos e alongados que descem até ao rio Tâmega.
O concelho de Celorico de Basto apresenta uma área geográfica de 118,1 Km2 e uma população que ronda os 22 mil habitantes, distribuídos por 22 freguesias.


Paisagisticamente Celorico encanta! Quem souber apreciar a beleza e os encantos da natureza jamais esquecerá a visita a Celorico de Basto.

António Senra (SANER)

Nasceu a 21 de Setembro de 1913 no seio de uma família humilde, na freguesia de Refojos, concelho de Cabeceiras de Basto.
Aí deu início aos seus estudos, concluindo a antiga 4ª classe com média de 18 valores.
Por opção própria abandonou os estudos, criando o seu próprio trajecto de vida, lendo incessantemente e querendo ir mais além.
Era músico (tocava clarinete na Banda Filarmónica de Cabeceiras de Basto), compunha músicas populares, pintava quadros e telas a óleo em várias casas solarengas, sendo também um poeta sentimentalista que exaltava, acima de tudo, o sagrado e a mocidade.
Em 1945 casou com Sofia Pereira de Magalhães, também natural do concelho de Cabeceiras de Basto, tendo vivido feliz na sua companhia.
Teve dois filhos do seu matrimónio: Celestino Magalhães Senra e Laura Gabriela Magalhães Senra.
Escreveu uma peça de teatro “Até aqui Basto eu” sendo levada à cena no Teatro do Mosteiro de Refojos em Cabeceiras de Basto.
Era empregado de escritório e contabilista na Caves Campo em Cabeceiras de Basto, que ficava nas imediações do Mosteiro de Refojos tendo, em 1959, sido transferido para Celorico de Basto, continuando a trabalhar para a distinta família Meireles.
Nesse ano, hospedou-se na Pensão Adelina a fim de restabelecer a sua vida nesta terra em companhia da sua família, tendo mais tarde vivido em Santa Luzia, lugar do Monte, onde permaneceu até 1985.
Em Celorico de Basto continuou a ser um ilustre poeta e pintor, tendo escrito inúmeros artigos e a famosa “Gazetilha”, publicação quinzenal para o jornal Notícias de Basto, mantendo também a sua veia musical ao integrar-se na Banda Filarmónica de Tecla.
Nessa altura, escreveu e realizou uma peça de teatro levada à cena no Salão dos Bombeiros Voluntários Celoricenses.
Em 1972, pintou um afresco no Café Central ilustrando o Castelo de Arnoia.
Ouvimos diversas pessoas que conviveram directamente com António Senra, eu próprio tive o privilégio de o ter conhecido, e este Homem, este Poeta popular, sentia-se um Celoricense de alma e coração.
Deixou em testamento à terra a obra “A MUSA SERRANA” que nunca chegou a ser publicada. Sabemos que os seus familiares tentam recuperar este trabalho, para que possa ser publicado e o seu nome não caia no esquecimento.
António Senra foi um auto-didacta que procurou incessantemente a sabedoria e que nos seus tempos livres se refugiava na leitura, amava as letras, a História…
Instruía-se cada vez mais, possuindo um dom da palavra capaz de conquistar todos aqueles que o ouviam. Era um exemplo de inteligência e de auto-construção intelectual!
Em 7 de Junho de 1985 entra de urgência no Hospital de Sto. António no Porto e com 71 anos de idade, veio a falecer no dia 27 de Junho de 1985.
Transcrevemos um depoimento da sua neta Cláudia Senra

MEU QUERIDO AVÔ:
A sua morte ceifou em mim a possibilidade de o ter adorado e de sentir a sua reconfortante presença!
Não fui digna de contemplar o seu olhar azul celeste e o seu rosto empalidecido, ambos marcados pelo tempo e pela vida!
Não tive o privilégio de ter alimentado minh’ alma com a sua admirável sabedoria!
Não tive o mérito de poder afagar as suas mãos e animá-las com o calor das minhas!
Não embriaguei minh’alma com os seus sábios conselhos, com a sua rectidão!
A ausência da sua presença física não me impede, porém, de o louvar cada vez mais! Arquétipo de humildade! Um lutador que construiu nos seus sonhos a sua sabedoria!
Nutro imenso louvor por si, meu querido avô!
Um beijo afectuoso da sua neta Cláudia