sábado, dezembro 18, 2010
Clube Recreativo de Canedo
O Clube Recreativo de Canedo foi fundado em 1976 na freguesia de Canedo de Basto, concelho de Celorico de Basto, por um grupo de jovens, que pretendiam promover o futebol, participando nos Campeonatos Distritais da Associação de Futebol de Braga.
As equipas de futebol sempre foram constituídas por jovens atletas da freguesia e de outras localidades próximas, nomeadamente da vila de Celorico de Basto.
A sua sede social sempre funcionou numa sala da Junta de Freguesia e contava com mais de uma centena de associados, que permitia enfrentar as dificuldades financeiras para participar no Campeonato Distrital da 3ª Divisão da A.F. de Braga.
O campo de jogos “Campo Santo António” é propriedade do C.R.Canedo, com as condições mínimas para a prática do futebol.
Na década dos anos 80 do séc. XX, devido ao êxodo dos jovens da freguesia para o estrangeiro o Clube encerrou a sua actividade desportiva.
As equipas de futebol sempre foram constituídas por jovens atletas da freguesia e de outras localidades próximas, nomeadamente da vila de Celorico de Basto.
A sua sede social sempre funcionou numa sala da Junta de Freguesia e contava com mais de uma centena de associados, que permitia enfrentar as dificuldades financeiras para participar no Campeonato Distrital da 3ª Divisão da A.F. de Braga.
O campo de jogos “Campo Santo António” é propriedade do C.R.Canedo, com as condições mínimas para a prática do futebol.
Na década dos anos 80 do séc. XX, devido ao êxodo dos jovens da freguesia para o estrangeiro o Clube encerrou a sua actividade desportiva.
domingo, novembro 21, 2010
O Povo de Basto - Jornal Centenário
O jornal “O POVO DE BASTO” foi o primeiro jornal que se editou em Celorico de Basto após a Revolução de 5 de Outubro de 1910 e um dos mais antigos da Região de Basto.
Desde o primeiro número publicado em 21 de Novembro de 1910, este jornal se impunha como uma voz defensora dos interesses de toda a região de Basto.
A sua linha editorial sempre se pautou na “defesa dos interesses locais, não para os servir sob o critério estreito e apaixonado, que tantas vezes deforma as boas causas, mas enquadrando-os, sempre que possível, nas necessidades mais profícuas ao interesse geral”. E “propomo-nos ser um veículo de formação e informação verdadeiras; arredaremos das nossas páginas todos os malabarismos ou artimanhas, tão lamentavelmente ao gosto de espíritos e interesses mesquinhos; e na legítima função crítica de que não abdicamos, não pactuaremos com insinuações, insultos ou calúnias que enxameiam e deslustram certas folhas que as acolhem”.
O seu fundador, Dr. António Rodrigues Salgado, nasceu em Britelo, Celorico de Basto em 1883. Formado em Direito, na cidade de Coimbra, participou activamente no movimento republicano.
Depois da proclamação da República foi nomeado Administrador do Concelho de Celorico de Basto (1910-1913). Considerado uma das figuras cimeiras da Primeira República, aceitou em finais de 1914, o cargo de Governador Civil de Ponta Delgada. Posteriormente, na terra que o viu nascer, “lutou intemeratamente pela concretização dos ideais mais progressivos do seu tempo”.
Faleceu no dia 11 de Dezembro de 1933, apenas com 50 anos de idade e em pujante actividade.
Desde 28 de Maio de 1926, após o deflagrar da ditadura, a Censura fez a vida negra a este periódico. E, assim, surgiram as multas impostas por via administrativa, sem apreciação pelos Tribunais, que destruíram pelo País abaixo toda a imprensa com veleidade de independência.
Isto aconteceu a “O POVO DE BASTO”; em finais de 1933, sofrendo multa de valor incomportável, viu-se obrigado a suspender a publicação.
Surge então outro jornal intitulado “Gente de Basto” e dirigido pelo jovem estudante de Direito em Coimbra, António Marinho Dias, já então colaborador da “Seara Nova”.
O 1º número de “Gente de Basto” foi publicado em 18 de Novembro de 1933, que foi “logo arbitrariamente apreendido pelos esbirros do fascismo”, pois consideraram que “Gente também é Povo”.
Ao longo da sua centenária vida, “O POVO DE BASTO” não terá sido sempre o mesmo, mas houve um princípio que defendeu sempre e fez dele a sua constante bandeira: defender os interesses do concelho de Celorico de Basto e da Região de Basto.
A sua linha editorial sempre se pautou na “defesa dos interesses locais, não para os servir sob o critério estreito e apaixonado, que tantas vezes deforma as boas causas, mas enquadrando-os, sempre que possível, nas necessidades mais profícuas ao interesse geral”. E “propomo-nos ser um veículo de formação e informação verdadeiras; arredaremos das nossas páginas todos os malabarismos ou artimanhas, tão lamentavelmente ao gosto de espíritos e interesses mesquinhos; e na legítima função crítica de que não abdicamos, não pactuaremos com insinuações, insultos ou calúnias que enxameiam e deslustram certas folhas que as acolhem”.
O seu fundador, Dr. António Rodrigues Salgado, nasceu em Britelo, Celorico de Basto em 1883. Formado em Direito, na cidade de Coimbra, participou activamente no movimento republicano.
Depois da proclamação da República foi nomeado Administrador do Concelho de Celorico de Basto (1910-1913). Considerado uma das figuras cimeiras da Primeira República, aceitou em finais de 1914, o cargo de Governador Civil de Ponta Delgada. Posteriormente, na terra que o viu nascer, “lutou intemeratamente pela concretização dos ideais mais progressivos do seu tempo”.
Faleceu no dia 11 de Dezembro de 1933, apenas com 50 anos de idade e em pujante actividade.
Desde 28 de Maio de 1926, após o deflagrar da ditadura, a Censura fez a vida negra a este periódico. E, assim, surgiram as multas impostas por via administrativa, sem apreciação pelos Tribunais, que destruíram pelo País abaixo toda a imprensa com veleidade de independência.
Isto aconteceu a “O POVO DE BASTO”; em finais de 1933, sofrendo multa de valor incomportável, viu-se obrigado a suspender a publicação.
Surge então outro jornal intitulado “Gente de Basto” e dirigido pelo jovem estudante de Direito em Coimbra, António Marinho Dias, já então colaborador da “Seara Nova”.
O 1º número de “Gente de Basto” foi publicado em 18 de Novembro de 1933, que foi “logo arbitrariamente apreendido pelos esbirros do fascismo”, pois consideraram que “Gente também é Povo”.
Ao longo da sua centenária vida, “O POVO DE BASTO” não terá sido sempre o mesmo, mas houve um princípio que defendeu sempre e fez dele a sua constante bandeira: defender os interesses do concelho de Celorico de Basto e da Região de Basto.
Directores do Jornal “O Povo de Basto”
Fundação em 21 de Novembro de 1910
Director: Dr. António Rodrigues Salgado
Editor: Augusto Cardoso Magalhães
» Em finais de 1933 foi suspensa a sua publicação pela Comissão de Censura
15 de Outubro de 1978: Ano I, nº 1, II Série
Director: Dr. António Marinho Dias
Proprietário: António Abraão de Sousa
Redacção e Administração: Rua 5 de Outubro – Celorico de Basto
Composição e Impressão: Tipografia Moderna de António Abraão de Sousa e Irmão Lda.
15 de Julho de 1993: III Série
Director e Proprietário: Carlos Alberto Alves Teixeira
Sede: Fermil – Molares – Celorico de Basto
Redacção: Rua Serpa Pinto – Celorico de Basto
Fotocomposição e Montagem: G. Moderna de Fermil de Basto, Lda.
Impressão: T.I.G. – Tipografia de Guimarães, Lda.
15 de Janeiro de 1995: IV série
Director e Proprietário: Carlos Alberto Alves Teixeira
Sede: Fermil – Molares – Celorico de Basto
Redacção: Rua Serpa Pinto – Celorico de Basto
Fotocomposição, Montagem e Impressão: G.M. Fermil de Basto, Lda.
15 de Abril de 1996
Director e Proprietário: José Carlos Ferreira Leite
Sede e Redacção: Rua Serpa Pinto – Celorico de Basto
Fotocomposição, Montagem e Impressão: G.M. Fermil de Basto, Lda.
Desde finais de 1999
Director: António Maria Silva Teixeira
Proprietário: Herdeiros de José Carlos Ferreira Leite
Redacção: Rua Serpa Pinto – Celorico de Basto
Impressão: Gráfica Diário do Minho – Braga
sábado, outubro 16, 2010
Beatificação de Monsenhor Albino Cunha e Silva
O Padre Albino Alves da Cunha e Silva, natural da freguesia de Codessoso, Celorico de Basto, em 1912 com 30 anos de idade, rumou para o Brasil, mais concretamente para a actual cidade de Catanduva.
Para perpetuar a sua memória, a Fundação Padre Albino organiza todos os anos a “Semana Monsenhor Albino” onde apresenta a vida e obra deste incansável padre celoricense.
No dia 20 de Setembro de 2010, na missa de abertura da XIX Semana Monsenhor Albino, foi anunciado que a Fundação pretende iniciar o processo de beatificação do Padre Albino.
Nesta cerimónia foi lembrada a fama de santo que o Padre Albino tinha no conceito do povo. Foi realçado que “quando vivo, já se falava que ele era um padre-santo”.
O Bispo de Catanduva já submeteu a ideia ao Conselho de Presbíteros que a aceitou.
O processo de beatificação tem duas etapas – a diocesana e a romana.
Na primeira etapa, o Bispo investiga sobre a vida, virtudes, fama de santidade e possíveis milagres do Padre Albino.
Encerrada a etapa diocesana do processo, este será encaminhado ao Vaticano, à Congregação para as Causas dos Santos, que dá inicio à fase romana do processo.
A beatificação é o primeiro passo rumo à canonização: o título de Beato quer dizer que é permitido prestar-lhe culto público, mas limitado a algumas regiões, enquanto o Santo é venerado em toda a Igreja.
Para perpetuar a sua memória, a Fundação Padre Albino organiza todos os anos a “Semana Monsenhor Albino” onde apresenta a vida e obra deste incansável padre celoricense.
No dia 20 de Setembro de 2010, na missa de abertura da XIX Semana Monsenhor Albino, foi anunciado que a Fundação pretende iniciar o processo de beatificação do Padre Albino.
Nesta cerimónia foi lembrada a fama de santo que o Padre Albino tinha no conceito do povo. Foi realçado que “quando vivo, já se falava que ele era um padre-santo”.
O Bispo de Catanduva já submeteu a ideia ao Conselho de Presbíteros que a aceitou.
O processo de beatificação tem duas etapas – a diocesana e a romana.
Na primeira etapa, o Bispo investiga sobre a vida, virtudes, fama de santidade e possíveis milagres do Padre Albino.
Encerrada a etapa diocesana do processo, este será encaminhado ao Vaticano, à Congregação para as Causas dos Santos, que dá inicio à fase romana do processo.
A beatificação é o primeiro passo rumo à canonização: o título de Beato quer dizer que é permitido prestar-lhe culto público, mas limitado a algumas regiões, enquanto o Santo é venerado em toda a Igreja.
sábado, setembro 25, 2010
Vindimas
Fomos assistir a um dia de vindimas na Casa do Seixo, em Fermil de Basto, na Região Demarcada dos Vinhos Verdes.
Logo pela manhã os vindimadores concentraram-se no largo da casa, para receberem indicações do dia de trabalho que tinham pela frente nas verdejantes vinhas.
Esta região é caracterizada pela existência de pequenos produtores, com a manifesta preocupação em obterem vinhos de qualidade, com os melhores sabores, reforçando a notoriedade deste néctar.
Neste sentido alguém dizia “as uvas secas e podres não vão para os cestos” e a selecção para a qualidade continuava no tapete à porta da adega.
A apanha das uvas foi intercalada pelo pequeno-almoço e almoço, não havia tempo a perder pois tudo tinha que ficar concluído até ao final da tarde.
Quando chegou o último tractor, os cestos foram descarregados e as uvas passavam no desengaçador a caminho dos lagares.
No caso do vinho branco, sumo e películas são bombeadas directamente para uma prensa de onde o mosto sai para uma balsa e mais tarde se procede à prensagem para retirar o restante.
Imediatamente é depositado em cubas de aço inoxidável onde vai fermentar a temperatura controlada de maneira a que o aroma do vinho verde não se perca.
Todo este processo é feito no menor espaço de tempo possível de forma a evitar que o mosto esteja em contacto com o ar, pois neste caso o oxigénio é um inimigo: oxida o mosto o que resulta na perda de qualidade do vinho.
Depois de uma jornada de trabalho estes homens e mulheres mantinham um sorriso e alegria, espelho do sentimento de missão cumprida.
Após o jantar, alguns trabalhadores entraram nos lagares para a pisa do vinho. Com os calções bem puxados para cima, durante quase três horas marcham literalmente para a frente e para trás.
Enquanto estes homens pressionam as uvas com os pés, contra o chão do lagar de granito, para extrair o sumo e afundar as grainhas e as películas das uvas, criando uma manta de mosto; dois tocadores de acordeão ensaiam algumas músicas tradicionais para ajudar a manter o ritmo da “marcha”. É caso para dizer: um ritual bonito de ver mas duro de cumprir.
Logo pela manhã os vindimadores concentraram-se no largo da casa, para receberem indicações do dia de trabalho que tinham pela frente nas verdejantes vinhas.
Esta região é caracterizada pela existência de pequenos produtores, com a manifesta preocupação em obterem vinhos de qualidade, com os melhores sabores, reforçando a notoriedade deste néctar.
Neste sentido alguém dizia “as uvas secas e podres não vão para os cestos” e a selecção para a qualidade continuava no tapete à porta da adega.
A apanha das uvas foi intercalada pelo pequeno-almoço e almoço, não havia tempo a perder pois tudo tinha que ficar concluído até ao final da tarde.
Quando chegou o último tractor, os cestos foram descarregados e as uvas passavam no desengaçador a caminho dos lagares.
No caso do vinho branco, sumo e películas são bombeadas directamente para uma prensa de onde o mosto sai para uma balsa e mais tarde se procede à prensagem para retirar o restante.
Imediatamente é depositado em cubas de aço inoxidável onde vai fermentar a temperatura controlada de maneira a que o aroma do vinho verde não se perca.
Todo este processo é feito no menor espaço de tempo possível de forma a evitar que o mosto esteja em contacto com o ar, pois neste caso o oxigénio é um inimigo: oxida o mosto o que resulta na perda de qualidade do vinho.
Depois de uma jornada de trabalho estes homens e mulheres mantinham um sorriso e alegria, espelho do sentimento de missão cumprida.
Após o jantar, alguns trabalhadores entraram nos lagares para a pisa do vinho. Com os calções bem puxados para cima, durante quase três horas marcham literalmente para a frente e para trás.
Enquanto estes homens pressionam as uvas com os pés, contra o chão do lagar de granito, para extrair o sumo e afundar as grainhas e as películas das uvas, criando uma manta de mosto; dois tocadores de acordeão ensaiam algumas músicas tradicionais para ajudar a manter o ritmo da “marcha”. É caso para dizer: um ritual bonito de ver mas duro de cumprir.
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domingo, agosto 29, 2010
Pelourinho da Vila
O pelourinho da vila foi construído no ano de 1734 e declarado Imóvel de Interesse em 1933. Em 1960 foi reconstruído pela Comissão Regional de Turismo da Serra do Marão.
Está colocado numa praceta no centro da vila de Celorico de Basto, junto ao antigo edifício da Câmara Municipal, onde actualmente funciona a Casa do Agricultor.
sábado, julho 31, 2010
Clamor da Roda
Pelas freguesias do nosso concelho, realizam-se muitas festividades e tradicionais romarias, que ao longo dos anos juntam milhares de forasteiros, para acompanhar as cerimónias religiosas e o programa festivo.
No quadro das mais antigas tradições populares de Celorico de Basto, temos a festa eminentemente religiosa do «Clamor da Roda», que reúne todos os anos elevado número de devotos e crentes, no dia 22 de Julho, em Vale de Bouro.
Este dia consagrado a Santa Maria Madalena, que na categoria dos Santos, é dos poucos em cuja festa a Liturgia da Igreja permite por direito a recitação do “Credo”.
O povo consagrou-a como a “Santa Penitente” exprimindo-a no dia da festa, um espectáculo inolvidável, com actos de verdadeiro sacrifício e penitência.
Esta grandiosa manifestação de fé com as cerimónias religiosas junto da “Imagem” da Santa Maria Madalena, tem também a festa de cunho acentuadamente popular, o arraial, os bailados, os foguetes e os morteiros que vão atroando os ares ao longo do vale.
O Clamor da Roda realiza-se desde tempos muito remotos, em honra de Santa Maria Madalena, a quem se pede durante o cortejo, à “roda” de diversos lugares, protecção contra as doenças e graças a favor dos produtos da terra e dos animais.
Neste período de férias, também regressam os emigrantes, das mais variadas partes do mundo, carregados de promessas e devoção que procuram exprimir com alegria, nas suas terras, junto dos seus familiares.
Este dia consagrado a Santa Maria Madalena, que na categoria dos Santos, é dos poucos em cuja festa a Liturgia da Igreja permite por direito a recitação do “Credo”.
O povo consagrou-a como a “Santa Penitente” exprimindo-a no dia da festa, um espectáculo inolvidável, com actos de verdadeiro sacrifício e penitência.
Esta grandiosa manifestação de fé com as cerimónias religiosas junto da “Imagem” da Santa Maria Madalena, tem também a festa de cunho acentuadamente popular, o arraial, os bailados, os foguetes e os morteiros que vão atroando os ares ao longo do vale.
O Clamor da Roda realiza-se desde tempos muito remotos, em honra de Santa Maria Madalena, a quem se pede durante o cortejo, à “roda” de diversos lugares, protecção contra as doenças e graças a favor dos produtos da terra e dos animais.
Neste período de férias, também regressam os emigrantes, das mais variadas partes do mundo, carregados de promessas e devoção que procuram exprimir com alegria, nas suas terras, junto dos seus familiares.
sábado, junho 26, 2010
Casa do Benfica
A Casa do Benfica em Celorico de Basto, com a sua sede social na rua Dr. João Lemos, foi fundada em 6 de Fevereiro de 1999.
Os sócios e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica do concelho de Celorico de Basto dispõem de instalações no centro da vila, onde podem assistir aos jogos dos encarnados em ecrã gigante e confraternizar no salão de jogos.
Com quase duas centenas de associados, a Casa do Benfica nº 112, é uma instituição que procura marcar sempre presença no panorama cultural, recreativo e desportivo em Celorico de Basto.
Os sócios e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica do concelho de Celorico de Basto dispõem de instalações no centro da vila, onde podem assistir aos jogos dos encarnados em ecrã gigante e confraternizar no salão de jogos.
Com quase duas centenas de associados, a Casa do Benfica nº 112, é uma instituição que procura marcar sempre presença no panorama cultural, recreativo e desportivo em Celorico de Basto.
Presidentes anteriores:
1999/2000: Joaquim Bastos
2000/2001: Joaquim Silva
2001/2002: Domingos Marinho
2002/2003: José Ribeiro
2003/2009: Orlando Silva
Órgãos Sociais da Casa do Benfica em Celorico de Basto para o triénio 2010/12:
Assembleia Geral
Presidente..............Fernando Albino Fernandes de Freitas
Vice-Presidente......Francisco Medeiros Bastos
1º Secretário..........António Joaquim Gonçalves Bastos
2º Secretário..........Pedro Paulo Sousa Coelho
Direcção
Presidente..............Luís Fernando Seixas Carvalho
Vice-Presidente......António Gentil Marinho Ferreira Pinto
Vice-Presidente......Agostinho Anselmo Rodrigues Cerqueira
Tesoureiro..............Francisco Magalhães de Moura
Secretário...............Daniel Fernando Reis de Nazareth Canedo
Vogal......................Manuel Alberto Soares Silva
Vogal......................António Fernando Machado da Silva
Vogal......................António Casimiro Teixeira
Vogal......................João Cristiano Ribeiro Marinho Gomes
Conselho Fiscal
Presidente.............Orlando Lopes Carvalho da Silva
Secretário.............António Teixeira
Relator..................Artur Justiniano Gonçalves Bastos
domingo, maio 23, 2010
Coronel Sousa e Castro
Rodrigo Manuel Lopes de Sousa e Castro nasceu em Janeiro de 1944 no lugar da Cruz de Baixo, freguesia de Arnoia, concelho de Celorico de Basto.
Frequentou o ensino primário, no lugar do Monte, freguesia de Britelo, onde concluiu a 4ª classe. Em seguida ingressou no Colégio de S. Gonçalo, em Amarante e já no Liceu D. Manuel II, no Porto, concluiu o terceiro ciclo. Com dezoito anos de idade e após ter concluído o 7º ano, concorreu à universidade mas acabou por frequentar o curso na Academia Militar.
Em 1966/67, cumpriu como alferes a primeira comissão de serviço em Angola. Em 1970/72, com o posto de capitão, realizou a segunda comissão de serviço em Moçambique.
Regressado à Metrópole, em 19973/74 integrou na clandestinidade a Comissão Coordenadora do Movimento dos Capitães, tendo participado em Março de 1974 na elaboração do programa político “O Movimento das Forças Armadas e a Nação” e na organização que desencadeou a operação militar de 25 de Abril.
Depois de ter orientado o levantamento das forças militares a Norte, na madrugada do dia 25 de Abril, já estava na Pontinha, em Lisboa, onde assistiu à chegada do deposto Presidente do Conselho, Marcelo Caetano, e à “tomada” do Posto de Comando pelo General António de Spínola, o primeiro Presidente da República pós-revolução.
De Março de 1975 até ao ano de 1982 pertenceu ao Conselho da Revolução. Também integrou o Grupo dos Nove, no verão quente de 1975, que contribuiu para travar os ímpetos esquerdistas da época. Quando ocorreu o 25 de Novembro do mesmo ano, desempenhava funções no Posto de Comando instalado no Palácio de Belém, sob o comando directo do Presidente da República, General Costa Gomes.
Em 1981 é promovido a major. Posteriormente, no âmbito do processo de reconstituição das carreiras dos militares envolvidos na Revolução dos Cravos, que permitira a transição democrática, foi promovido a coronel.
Por deliberação do Município de Celorico de Basto foi atribuído o seu nome a uma rua junto à Biblioteca Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
Frequentou o ensino primário, no lugar do Monte, freguesia de Britelo, onde concluiu a 4ª classe. Em seguida ingressou no Colégio de S. Gonçalo, em Amarante e já no Liceu D. Manuel II, no Porto, concluiu o terceiro ciclo. Com dezoito anos de idade e após ter concluído o 7º ano, concorreu à universidade mas acabou por frequentar o curso na Academia Militar.
Em 1966/67, cumpriu como alferes a primeira comissão de serviço em Angola. Em 1970/72, com o posto de capitão, realizou a segunda comissão de serviço em Moçambique.
Regressado à Metrópole, em 19973/74 integrou na clandestinidade a Comissão Coordenadora do Movimento dos Capitães, tendo participado em Março de 1974 na elaboração do programa político “O Movimento das Forças Armadas e a Nação” e na organização que desencadeou a operação militar de 25 de Abril.
Depois de ter orientado o levantamento das forças militares a Norte, na madrugada do dia 25 de Abril, já estava na Pontinha, em Lisboa, onde assistiu à chegada do deposto Presidente do Conselho, Marcelo Caetano, e à “tomada” do Posto de Comando pelo General António de Spínola, o primeiro Presidente da República pós-revolução.
De Março de 1975 até ao ano de 1982 pertenceu ao Conselho da Revolução. Também integrou o Grupo dos Nove, no verão quente de 1975, que contribuiu para travar os ímpetos esquerdistas da época. Quando ocorreu o 25 de Novembro do mesmo ano, desempenhava funções no Posto de Comando instalado no Palácio de Belém, sob o comando directo do Presidente da República, General Costa Gomes.
Em 1981 é promovido a major. Posteriormente, no âmbito do processo de reconstituição das carreiras dos militares envolvidos na Revolução dos Cravos, que permitira a transição democrática, foi promovido a coronel.
Por deliberação do Município de Celorico de Basto foi atribuído o seu nome a uma rua junto à Biblioteca Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
Sousa e Castro publicou as suas memórias
O Coronel Sousa e Castro, é o autor do livro “Capitão de Abril, Capitão de Novembro” com a chancela da editora Guerra & Paz, integrado na colecção O Passado e o Presente, conta com o prefácio do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
Ao longo do livro “Capitão de Abril, Capitão de Novembro” o coronel Sousa e Castro relata os episódios que rodearam a revolução de 1974 e o 25 de Novembro de 1975.
“ É um elucidativo testemunho de vida. De quem continuo a ver, como via há 35 anos: sonhador, ingénuo, simpático, lutador, desprendido, coração ao pé da boca, amigo dos seus amigos, independente de partidos e tentando compreendê-los e entender o seu papel”, escreve o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa no prefácio.
Este livro “é a narrativa do percurso pessoal de um jovem capitão que, por razões geracionais e outras fortuitas, se vê envolvido, ora como participante activo, ora como observador privilegiado, num conjunto de acontecimentos político-militares que marcaram a história de Portugal no último quartel do século XX”, considera o celoricense Sousa e Castro.
Ao longo do livro “Capitão de Abril, Capitão de Novembro” o coronel Sousa e Castro relata os episódios que rodearam a revolução de 1974 e o 25 de Novembro de 1975.
“ É um elucidativo testemunho de vida. De quem continuo a ver, como via há 35 anos: sonhador, ingénuo, simpático, lutador, desprendido, coração ao pé da boca, amigo dos seus amigos, independente de partidos e tentando compreendê-los e entender o seu papel”, escreve o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa no prefácio.
Este livro “é a narrativa do percurso pessoal de um jovem capitão que, por razões geracionais e outras fortuitas, se vê envolvido, ora como participante activo, ora como observador privilegiado, num conjunto de acontecimentos político-militares que marcaram a história de Portugal no último quartel do século XX”, considera o celoricense Sousa e Castro.
domingo, abril 18, 2010
Rota do Românico
Desde o dia 12 de Março de 2010 o concelho de Celorico de Basto aderiu ao projecto Rota do Românico do Vale do Sousa (RRVS).
Os concelhos de Penafiel, Lousada, Felgueiras, Castelo de Paiva, Paços de Ferreira e Paredes, integravam já a Rota do Românico desde 1998, com 21 monumentos aos quais se associarão faseadamente 10 monumentos de Amarante, 10 do Marco de Canaveses, 7 de Resende, 4 de Celorico de Basto, 4 de Cinfães e 2 de Baião.
A Rota do Românico do Vale de Sousa promove a requalificação dos monumentos envolvidos no projecto, que no caso de Celorico de Basto, são a Ponte de Torres, na freguesia de Ribas, a Igreja de S. Salvador de Ribas, a Igreja Paroquial de Veade e o Castelo de Arnoia.
De referir que a RRVS foi distinguida com o mais prestigiado galardão nacional do sector turístico, o Prémio Turismo de Portugal, na categoria “Requalificação de Projecto Público”, destinado a reconhecer intervenções de natureza material, realizadas por entidades públicas que contribuíram de forma significativa para a qualificação da oferta e para o reforço da atractividade do destino, no âmbito de um ou vários produtos turísticos estratégicos.
Paralelamente a RRVS aderiu à Transromânica, a maior rede de locais e itinerários românicos da Europa, com sede na Alemanha.
Desejamos que este itinerário de visitas valorize o património arquitectónico românico, incluindo áreas envolventes e, com suportes promocionais ajustados, consiga atrair turistas a toda esta região.
Os concelhos de Penafiel, Lousada, Felgueiras, Castelo de Paiva, Paços de Ferreira e Paredes, integravam já a Rota do Românico desde 1998, com 21 monumentos aos quais se associarão faseadamente 10 monumentos de Amarante, 10 do Marco de Canaveses, 7 de Resende, 4 de Celorico de Basto, 4 de Cinfães e 2 de Baião.
A Rota do Românico do Vale de Sousa promove a requalificação dos monumentos envolvidos no projecto, que no caso de Celorico de Basto, são a Ponte de Torres, na freguesia de Ribas, a Igreja de S. Salvador de Ribas, a Igreja Paroquial de Veade e o Castelo de Arnoia.
De referir que a RRVS foi distinguida com o mais prestigiado galardão nacional do sector turístico, o Prémio Turismo de Portugal, na categoria “Requalificação de Projecto Público”, destinado a reconhecer intervenções de natureza material, realizadas por entidades públicas que contribuíram de forma significativa para a qualificação da oferta e para o reforço da atractividade do destino, no âmbito de um ou vários produtos turísticos estratégicos.
Paralelamente a RRVS aderiu à Transromânica, a maior rede de locais e itinerários românicos da Europa, com sede na Alemanha.
Desejamos que este itinerário de visitas valorize o património arquitectónico românico, incluindo áreas envolventes e, com suportes promocionais ajustados, consiga atrair turistas a toda esta região.
sábado, março 13, 2010
Foral de Celorico de Basto
"Dom Manuel per graça de Deus Rey de portugal e dos algarves daquem e dallem mar em affrica Senhor de guine e da conquista e navegaçam e comercio da etyopia arabia persia e da india. A quantos esta carta de foral dado pera sempre a terra castello e concelho de cellorico de basto virem fazemos saber que por quanto na dita terra nom ouve foral..."
Celorico de Basto recebeu o foral no dia 29 de Março de 1520 (faz, portanto, 490 anos que foi assinado pelo rei D. Manuel I) e que por isso é evidentemente um documento notável e de inegável interesse histórico.
O foral concedido à terra, castelo e concelho de Celorico de Basto foi um dos 589 “forais novos” outorgados por D. Manuel no cumprimento de um amplo programa reformista.
Um foral era um diploma pelo qual o rei ou um senhor (laico ou eclesiástico) concedia aos moradores de um determinado lugar certos privilégios e regalias.
Contrariamente aos forais velhos, que favoreciam o municipalismo, os forais novos ou manuelinos não deram grande relevo aos assuntos referentes à administração dos concelhos, porque essas matérias passaram a ser reguladas pela lei geral, mas sim, tentaram sobretudo fixar os encargos e foros a pagar pelos concelhos ao rei a aos donatários.
A circunscrição territorial de Celorico e o próprio castelo de Arnóia já eram referenciados no tempo de Fernando Magno, bisavô de Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal.
Em 1220, a circunscrição medieval da terra de Celorico abrange a totalidade dos concelhos de Cabeceiras, Mondim e Celorico de Basto, uma parte de Amarante (Aboim, Amarante, Chapa, Freixo de Baixo, Freixo de Cima, Gatão e Vila Garcia), Felgueiras (Borba de Godim, Macieira da Lixa e Pinheiro), Fafe (Ardegão, Regadas e Seidões), Ribeira de Pena (Alvadia, Cerva e Limões) e Vieira do Minho (Roças).
No foral manuelino de Celorico de Basto (1520) o limite territorial é menos amplo, pois só compreende a margem direita do Tâmega.
Posteriormente e devido ao reajustamento administrativo, algumas freguesias foram transferidas para os concelhos vizinhos de Fafe, Amarante e Cabeceiras de Basto, através do Decreto-Lei de 31 de Dezembro de 1853, pelo que o actual concelho de Celorico de Basto é composto por 22 freguesias.
De referir que os forais foram extintos em 13 de Agosto de 1832, com o advento do liberalismo.
Glossário de algumas palavras antigas utilizadas no foral:
Aforamento – acto de aforar, de dar e receber por meio de foro. Contrato através do qual se arrenda ou concede bens a pessoas individuais ou colectivas.
Aforar – arrendar através do foro.
Almoxarife – funcionário régio que tinha a seu cargo a cobrança e arrecadação dos impostos, especialmente as rendas reais e direitos sobre pães, vinho e outros.
Gado de vento – gado perdido mas que, sendo encontrado devia ser declarado pelo achador na Câmara no prazo de dez dias, sob pena de ser suspeito de furto.
Libra – moeda que depois se converteu apenas em moeda de conta até ao tempo de D. Manuel. A libra foi então reduzida a 36 reais.
Lutosas – lutuosas – certa peça ou pensão que se pagava por morte de alguma pessoa que, por direito ou costume, a devia.
Foro – pensão ou renda que paga aquele que usufrui o domínio útil de uma propriedade, àquele a quem pertence o domínio directo desta. É a pensão anual que no contrato de emprazamento, aforamento, ou enfiteuse, o foreiro ou enfiteuta paga ao senhorio directo.
Inquirições – averiguações realizadas pelas alçadas reais em várias regiões do país sobre a natureza das propriedades, direitos dos senhorios e dos patrimónios das igrejas e dos mosteiros.
Montado – imposto pago normalmente em espécies e a que estavam sujeitos os donos de gado bovino e ovino, sempre que os gados pastavam nos terrenos de um concelho ou senhorio.
Pães – regra geral, quando os forais mencionavam “pão”, referem-se a cereais panificáveis e de modo algum a pão cozido.
Pão terçado – pão constituído por três cereais, trigo, centeio e milho.
Titollo – subdivisão de um código de leis.
Vinho mole – vinho mosto que ainda não ferveu.
O foral concedido à terra, castelo e concelho de Celorico de Basto foi um dos 589 “forais novos” outorgados por D. Manuel no cumprimento de um amplo programa reformista.
Um foral era um diploma pelo qual o rei ou um senhor (laico ou eclesiástico) concedia aos moradores de um determinado lugar certos privilégios e regalias.
Contrariamente aos forais velhos, que favoreciam o municipalismo, os forais novos ou manuelinos não deram grande relevo aos assuntos referentes à administração dos concelhos, porque essas matérias passaram a ser reguladas pela lei geral, mas sim, tentaram sobretudo fixar os encargos e foros a pagar pelos concelhos ao rei a aos donatários.
A circunscrição territorial de Celorico e o próprio castelo de Arnóia já eram referenciados no tempo de Fernando Magno, bisavô de Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal.
Em 1220, a circunscrição medieval da terra de Celorico abrange a totalidade dos concelhos de Cabeceiras, Mondim e Celorico de Basto, uma parte de Amarante (Aboim, Amarante, Chapa, Freixo de Baixo, Freixo de Cima, Gatão e Vila Garcia), Felgueiras (Borba de Godim, Macieira da Lixa e Pinheiro), Fafe (Ardegão, Regadas e Seidões), Ribeira de Pena (Alvadia, Cerva e Limões) e Vieira do Minho (Roças).
No foral manuelino de Celorico de Basto (1520) o limite territorial é menos amplo, pois só compreende a margem direita do Tâmega.
Posteriormente e devido ao reajustamento administrativo, algumas freguesias foram transferidas para os concelhos vizinhos de Fafe, Amarante e Cabeceiras de Basto, através do Decreto-Lei de 31 de Dezembro de 1853, pelo que o actual concelho de Celorico de Basto é composto por 22 freguesias.
De referir que os forais foram extintos em 13 de Agosto de 1832, com o advento do liberalismo.
Glossário de algumas palavras antigas utilizadas no foral:
Aforamento – acto de aforar, de dar e receber por meio de foro. Contrato através do qual se arrenda ou concede bens a pessoas individuais ou colectivas.
Aforar – arrendar através do foro.
Almoxarife – funcionário régio que tinha a seu cargo a cobrança e arrecadação dos impostos, especialmente as rendas reais e direitos sobre pães, vinho e outros.
Gado de vento – gado perdido mas que, sendo encontrado devia ser declarado pelo achador na Câmara no prazo de dez dias, sob pena de ser suspeito de furto.
Libra – moeda que depois se converteu apenas em moeda de conta até ao tempo de D. Manuel. A libra foi então reduzida a 36 reais.
Lutosas – lutuosas – certa peça ou pensão que se pagava por morte de alguma pessoa que, por direito ou costume, a devia.
Foro – pensão ou renda que paga aquele que usufrui o domínio útil de uma propriedade, àquele a quem pertence o domínio directo desta. É a pensão anual que no contrato de emprazamento, aforamento, ou enfiteuse, o foreiro ou enfiteuta paga ao senhorio directo.
Inquirições – averiguações realizadas pelas alçadas reais em várias regiões do país sobre a natureza das propriedades, direitos dos senhorios e dos patrimónios das igrejas e dos mosteiros.
Montado – imposto pago normalmente em espécies e a que estavam sujeitos os donos de gado bovino e ovino, sempre que os gados pastavam nos terrenos de um concelho ou senhorio.
Pães – regra geral, quando os forais mencionavam “pão”, referem-se a cereais panificáveis e de modo algum a pão cozido.
Pão terçado – pão constituído por três cereais, trigo, centeio e milho.
Titollo – subdivisão de um código de leis.
Vinho mole – vinho mosto que ainda não ferveu.
domingo, fevereiro 21, 2010
Centro Interpretativo do Castelo
domingo, janeiro 31, 2010
Relógio de Sol
Este relógio de sol (século XVIII) encontra-se nas imediações da Casa da Lage, na freguesia de Gémeos, concelho de Celorico de Basto.
Os primeiros relógios de sol terão entrado no território que é hoje Portugal através da conquista romana.
Contudo, o tempo de glória dos relógios de sol é o século XVIII e estes objectos passam a inserir-se nos espaços de habitação e de lazer da nobreza e da burguesia, geralmente como objectos de grande aparato decorativo de um Barroco pujante.
Em Portugal, isso ocorre com D. João V, que manda equipar palácios, mosteiros e conventos com novos relógios de sol.
A "morte" do relógio solar, que só marca tempos locais, ocorre, por um lado, devido à precisão cada vez maior do relógio mecânico, que se torna também cada vez mais portátil; por outro, devido à universalização do tempo, provocado pelo avanço das comunicações e dos transportes.
Ultimamente constata-se um renovado interesse pela gnomónica, ciência que serve de base para a construção dos relógios de sol, pelo que voltam a reaparecer em espaços públicos e privados.
De salientar, segundo alguns autores, que na Casa da Lage, situada no lugar com o mesmo nome e que outrora se chamou lugar do Penedo, e sucessivamente ao longo do tempo Lágeas, Lagem, na freguesia de S. Miguel de Gémeos, viveu e morreu Álvaro Gonçalves Coutinho, o Magriço – um dos “Doze de Inglaterra”.
Este episódio narrado por Luís de Camões (canto VI, 46/49) refere que doze damas da corte inglesa foram gravemente ofendidas na sua beleza e na sua honra por cortesãos sem escrúpulos que lhes levantaram famas malévolas e desafiaram para duelo “com lança e espada” quem as quisesse defender das aleivosias que lhes dirigiram”.
As damas ultrajadas pedem ajuda a “amigos e parentes”. Nenhum deles foi em seu socorro, pelo que recorreram ao Duque de Alencastro, que já “militara com os portugueses contra Castela…”
Chegou, entretanto, mensageiro a Portugal com o nome dos nomeados. E um deles era o heróico aventureiro e lendário Magriço.
Depois de autorizado pelo Rei para partir, lá segui por terra, como era seu desejo, passando por Leão, Castela, Navarra e em Flandres permaneceu muitos dias. Entretanto, “chega-se o prazo e o dia assinalado” e o magriço não está presente. A dama que devia ser defendida por ele sua honra “com tristeza se veste!”
Doze ingleses contra onze portugueses para se defrontarem perante os olhares do rei inglês e toda a sua corte.
Mas de rompante surge um cavaleiro, com armas e cavalo. Era o Magriço! E depois de muita luta, a batalha das Damas (1390) foi vencida pelos lusitanos.
Segundo alguns historiadores Álvaro Gonçalves Coutinho, o Magriço, terá sido sepultado na capela-mor da Igreja de Gémeos, em sepultura com lança esculpida em cima com as inscrições “AGC” e “MCXLII”, infelizmente desaparecida após obras na Igreja.
Os primeiros relógios de sol terão entrado no território que é hoje Portugal através da conquista romana.
Contudo, o tempo de glória dos relógios de sol é o século XVIII e estes objectos passam a inserir-se nos espaços de habitação e de lazer da nobreza e da burguesia, geralmente como objectos de grande aparato decorativo de um Barroco pujante.
Em Portugal, isso ocorre com D. João V, que manda equipar palácios, mosteiros e conventos com novos relógios de sol.
A "morte" do relógio solar, que só marca tempos locais, ocorre, por um lado, devido à precisão cada vez maior do relógio mecânico, que se torna também cada vez mais portátil; por outro, devido à universalização do tempo, provocado pelo avanço das comunicações e dos transportes.
Ultimamente constata-se um renovado interesse pela gnomónica, ciência que serve de base para a construção dos relógios de sol, pelo que voltam a reaparecer em espaços públicos e privados.
De salientar, segundo alguns autores, que na Casa da Lage, situada no lugar com o mesmo nome e que outrora se chamou lugar do Penedo, e sucessivamente ao longo do tempo Lágeas, Lagem, na freguesia de S. Miguel de Gémeos, viveu e morreu Álvaro Gonçalves Coutinho, o Magriço – um dos “Doze de Inglaterra”.
Este episódio narrado por Luís de Camões (canto VI, 46/49) refere que doze damas da corte inglesa foram gravemente ofendidas na sua beleza e na sua honra por cortesãos sem escrúpulos que lhes levantaram famas malévolas e desafiaram para duelo “com lança e espada” quem as quisesse defender das aleivosias que lhes dirigiram”.
As damas ultrajadas pedem ajuda a “amigos e parentes”. Nenhum deles foi em seu socorro, pelo que recorreram ao Duque de Alencastro, que já “militara com os portugueses contra Castela…”
Chegou, entretanto, mensageiro a Portugal com o nome dos nomeados. E um deles era o heróico aventureiro e lendário Magriço.
Depois de autorizado pelo Rei para partir, lá segui por terra, como era seu desejo, passando por Leão, Castela, Navarra e em Flandres permaneceu muitos dias. Entretanto, “chega-se o prazo e o dia assinalado” e o magriço não está presente. A dama que devia ser defendida por ele sua honra “com tristeza se veste!”
Doze ingleses contra onze portugueses para se defrontarem perante os olhares do rei inglês e toda a sua corte.
Mas de rompante surge um cavaleiro, com armas e cavalo. Era o Magriço! E depois de muita luta, a batalha das Damas (1390) foi vencida pelos lusitanos.
Segundo alguns historiadores Álvaro Gonçalves Coutinho, o Magriço, terá sido sepultado na capela-mor da Igreja de Gémeos, em sepultura com lança esculpida em cima com as inscrições “AGC” e “MCXLII”, infelizmente desaparecida após obras na Igreja.
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