Este relógio de sol (século XVIII) encontra-se nas imediações da Casa da Lage, na freguesia de Gémeos, concelho de Celorico de Basto.
Os primeiros relógios de sol terão entrado no território que é hoje Portugal através da conquista romana.
Contudo, o tempo de glória dos relógios de sol é o século XVIII e estes objectos passam a inserir-se nos espaços de habitação e de lazer da nobreza e da burguesia, geralmente como objectos de grande aparato decorativo de um Barroco pujante.
Em Portugal, isso ocorre com D. João V, que manda equipar palácios, mosteiros e conventos com novos relógios de sol.
A "morte" do relógio solar, que só marca tempos locais, ocorre, por um lado, devido à precisão cada vez maior do relógio mecânico, que se torna também cada vez mais portátil; por outro, devido à universalização do tempo, provocado pelo avanço das comunicações e dos transportes.
Ultimamente constata-se um renovado interesse pela gnomónica, ciência que serve de base para a construção dos relógios de sol, pelo que voltam a reaparecer em espaços públicos e privados.
De salientar, segundo alguns autores, que na Casa da Lage, situada no lugar com o mesmo nome e que outrora se chamou lugar do Penedo, e sucessivamente ao longo do tempo Lágeas, Lagem, na freguesia de S. Miguel de Gémeos, viveu e morreu Álvaro Gonçalves Coutinho, o Magriço – um dos “Doze de Inglaterra”.
Este episódio narrado por Luís de Camões (canto VI, 46/49) refere que doze damas da corte inglesa foram gravemente ofendidas na sua beleza e na sua honra por cortesãos sem escrúpulos que lhes levantaram famas malévolas e desafiaram para duelo “com lança e espada” quem as quisesse defender das aleivosias que lhes dirigiram”.
As damas ultrajadas pedem ajuda a “amigos e parentes”. Nenhum deles foi em seu socorro, pelo que recorreram ao Duque de Alencastro, que já “militara com os portugueses contra Castela…”
Chegou, entretanto, mensageiro a Portugal com o nome dos nomeados. E um deles era o heróico aventureiro e lendário Magriço.
Depois de autorizado pelo Rei para partir, lá segui por terra, como era seu desejo, passando por Leão, Castela, Navarra e em Flandres permaneceu muitos dias. Entretanto, “chega-se o prazo e o dia assinalado” e o magriço não está presente. A dama que devia ser defendida por ele sua honra “com tristeza se veste!”
Doze ingleses contra onze portugueses para se defrontarem perante os olhares do rei inglês e toda a sua corte.
Mas de rompante surge um cavaleiro, com armas e cavalo. Era o Magriço! E depois de muita luta, a batalha das Damas (1390) foi vencida pelos lusitanos.
Segundo alguns historiadores Álvaro Gonçalves Coutinho, o Magriço, terá sido sepultado na capela-mor da Igreja de Gémeos, em sepultura com lança esculpida em cima com as inscrições “AGC” e “MCXLII”, infelizmente desaparecida após obras na Igreja.
Os primeiros relógios de sol terão entrado no território que é hoje Portugal através da conquista romana.
Contudo, o tempo de glória dos relógios de sol é o século XVIII e estes objectos passam a inserir-se nos espaços de habitação e de lazer da nobreza e da burguesia, geralmente como objectos de grande aparato decorativo de um Barroco pujante.
Em Portugal, isso ocorre com D. João V, que manda equipar palácios, mosteiros e conventos com novos relógios de sol.
A "morte" do relógio solar, que só marca tempos locais, ocorre, por um lado, devido à precisão cada vez maior do relógio mecânico, que se torna também cada vez mais portátil; por outro, devido à universalização do tempo, provocado pelo avanço das comunicações e dos transportes.
Ultimamente constata-se um renovado interesse pela gnomónica, ciência que serve de base para a construção dos relógios de sol, pelo que voltam a reaparecer em espaços públicos e privados.
De salientar, segundo alguns autores, que na Casa da Lage, situada no lugar com o mesmo nome e que outrora se chamou lugar do Penedo, e sucessivamente ao longo do tempo Lágeas, Lagem, na freguesia de S. Miguel de Gémeos, viveu e morreu Álvaro Gonçalves Coutinho, o Magriço – um dos “Doze de Inglaterra”.
Este episódio narrado por Luís de Camões (canto VI, 46/49) refere que doze damas da corte inglesa foram gravemente ofendidas na sua beleza e na sua honra por cortesãos sem escrúpulos que lhes levantaram famas malévolas e desafiaram para duelo “com lança e espada” quem as quisesse defender das aleivosias que lhes dirigiram”.
As damas ultrajadas pedem ajuda a “amigos e parentes”. Nenhum deles foi em seu socorro, pelo que recorreram ao Duque de Alencastro, que já “militara com os portugueses contra Castela…”
Chegou, entretanto, mensageiro a Portugal com o nome dos nomeados. E um deles era o heróico aventureiro e lendário Magriço.
Depois de autorizado pelo Rei para partir, lá segui por terra, como era seu desejo, passando por Leão, Castela, Navarra e em Flandres permaneceu muitos dias. Entretanto, “chega-se o prazo e o dia assinalado” e o magriço não está presente. A dama que devia ser defendida por ele sua honra “com tristeza se veste!”
Doze ingleses contra onze portugueses para se defrontarem perante os olhares do rei inglês e toda a sua corte.
Mas de rompante surge um cavaleiro, com armas e cavalo. Era o Magriço! E depois de muita luta, a batalha das Damas (1390) foi vencida pelos lusitanos.
Segundo alguns historiadores Álvaro Gonçalves Coutinho, o Magriço, terá sido sepultado na capela-mor da Igreja de Gémeos, em sepultura com lança esculpida em cima com as inscrições “AGC” e “MCXLII”, infelizmente desaparecida após obras na Igreja.