A revolução do 25 de Abril de 1974 derrubou a ditadura e criou condições para a implantação da democracia.
Se recuássemos duas ou três décadas antes do 25 de Abril de 1974, não reconhecíamos Portugal. Não havia liberdade, toda a informação e as formas de expressão cultural eram totalmente controladas, quer a imprensa, o cinema, o teatro, as artes plásticas, a música e a escrita. Existia censura, simbolizada no lápis azul, em que o Governo dispunha de poderes para aplicar sanções aos jornais, sem a prévia intervenção dos tribunais. As actividades políticas, associativas e sindicais eram quase nulas e controladas pela polícia política (PIDE/DGS).
Não existiam eleições livres e a União Nacional/Acção Popular era a única organização política com actividade legal e ligada, obviamente, ao regime.
Os opositores tinham que agir na clandestinidade ou refugiar-se no exílio, e quando eram acusados das suas “actividades”, como por exemplo ouvir algumas rádios clandestinas, como a Voz da Alemanha, a BBC, a Rádio Argel ou a Rádio Moscovo, eram presos pela PIDE.
Não existia o direito de reunião e de livre associação em Portugal.
Nessa altura, as escolas tinham salas e recreios separados para rapazes e raparigas.
Também decorria a guerra colonial em Angola, em Moçambique e na Guiné.
Efectivamente, a Revolução dos Cravos, como ficou conhecida a Revolução de Abril, derrubou uma ditadura de direita, sem uma guerra civil, e nas primeiras horas desse dia, o Movimento das Forças Armadas (MFA) ocupou as instalações da R.T.P., da Emissora Nacional, do Rádio Clube Português, do Aeroporto de Lisboa, do Quartel-general do Estado-maior do Exército, do Banco de Portugal, entre outras, consideradas fundamentais para o controlo da situação.
Após a difusão do primeiro comunicado ao país do MFA, verificou-se o cerco ao Quartel do Carmo, em Lisboa, onde estavam refugiados o Presidente do Conselho, Marcelo Caetano e alguns Ministros.
A meio da tarde, milhares de pessoas concentraram-se no Largo do Carmo e outras ruas de Lisboa, associando-se aos Capitães de Abril (onde se incluía o celoricense Rodrigo Sousa e Castro), para assistir à rendição do Governo de Marcelo Caetano.
Este foi o primeiro dia de uma vivência em democracia e liberdade em Portugal. Formaram-se partidos políticos e associações cívicas. Realizaram-se eleições livres. Terminou a guerra colonial. Foram muitas as conquistas do 25 de Abril, muita coisa mudou no nosso quotidiano, mas neste espaço, gostaríamos de destacar duas heranças deste dia histórico: a liberdade de pensamento e de expressão e a democratização do Poder Local.
Como homenagem ao Poder Local, recordamos os Presidentes do Município de Celorico de Basto que desempenharam o cargo autárquico aquando do 25 de Abril de 1974 até aos nossos dias.
Desde o período de transição até às eleições autárquicas livres, passando pelas comissões administrativas, foram seis os Presidentes da Câmara de Celorico de Basto que exerceram estas funções: Ernesto Faria Leal (exerceu o cargo desde 2 de Outubro de 1968 até 22 de Maio de 1974, assegurando a transição do poder), Domingos Alves Machado (era Vereador do anterior executivo e foi nomeado presidente por decreto, desde 19 de Junho a 16 de Outubro de 1974), António Marinho Dias (do MDP/CDE, presidiu à Comissão Administrativa entre 1974 e as primeira eleições autárquicas em 1976), João Pulido Almeida (eleito pelo CDS, que presidiu à autarquia entre 1977 e 1989), Albertino Mota Silva (eleito pelo PSD, liderou o Município desde 1989 a 2009), e Joaquim Monteiro Mota e Silva (eleito pelo PSD, desde Outubro de 2009).
Se recuássemos duas ou três décadas antes do 25 de Abril de 1974, não reconhecíamos Portugal. Não havia liberdade, toda a informação e as formas de expressão cultural eram totalmente controladas, quer a imprensa, o cinema, o teatro, as artes plásticas, a música e a escrita. Existia censura, simbolizada no lápis azul, em que o Governo dispunha de poderes para aplicar sanções aos jornais, sem a prévia intervenção dos tribunais. As actividades políticas, associativas e sindicais eram quase nulas e controladas pela polícia política (PIDE/DGS).
Não existiam eleições livres e a União Nacional/Acção Popular era a única organização política com actividade legal e ligada, obviamente, ao regime.
Os opositores tinham que agir na clandestinidade ou refugiar-se no exílio, e quando eram acusados das suas “actividades”, como por exemplo ouvir algumas rádios clandestinas, como a Voz da Alemanha, a BBC, a Rádio Argel ou a Rádio Moscovo, eram presos pela PIDE.
Não existia o direito de reunião e de livre associação em Portugal.
Nessa altura, as escolas tinham salas e recreios separados para rapazes e raparigas.
Também decorria a guerra colonial em Angola, em Moçambique e na Guiné.
Efectivamente, a Revolução dos Cravos, como ficou conhecida a Revolução de Abril, derrubou uma ditadura de direita, sem uma guerra civil, e nas primeiras horas desse dia, o Movimento das Forças Armadas (MFA) ocupou as instalações da R.T.P., da Emissora Nacional, do Rádio Clube Português, do Aeroporto de Lisboa, do Quartel-general do Estado-maior do Exército, do Banco de Portugal, entre outras, consideradas fundamentais para o controlo da situação.
Após a difusão do primeiro comunicado ao país do MFA, verificou-se o cerco ao Quartel do Carmo, em Lisboa, onde estavam refugiados o Presidente do Conselho, Marcelo Caetano e alguns Ministros.
A meio da tarde, milhares de pessoas concentraram-se no Largo do Carmo e outras ruas de Lisboa, associando-se aos Capitães de Abril (onde se incluía o celoricense Rodrigo Sousa e Castro), para assistir à rendição do Governo de Marcelo Caetano.
Este foi o primeiro dia de uma vivência em democracia e liberdade em Portugal. Formaram-se partidos políticos e associações cívicas. Realizaram-se eleições livres. Terminou a guerra colonial. Foram muitas as conquistas do 25 de Abril, muita coisa mudou no nosso quotidiano, mas neste espaço, gostaríamos de destacar duas heranças deste dia histórico: a liberdade de pensamento e de expressão e a democratização do Poder Local.
Como homenagem ao Poder Local, recordamos os Presidentes do Município de Celorico de Basto que desempenharam o cargo autárquico aquando do 25 de Abril de 1974 até aos nossos dias.
Desde o período de transição até às eleições autárquicas livres, passando pelas comissões administrativas, foram seis os Presidentes da Câmara de Celorico de Basto que exerceram estas funções: Ernesto Faria Leal (exerceu o cargo desde 2 de Outubro de 1968 até 22 de Maio de 1974, assegurando a transição do poder), Domingos Alves Machado (era Vereador do anterior executivo e foi nomeado presidente por decreto, desde 19 de Junho a 16 de Outubro de 1974), António Marinho Dias (do MDP/CDE, presidiu à Comissão Administrativa entre 1974 e as primeira eleições autárquicas em 1976), João Pulido Almeida (eleito pelo CDS, que presidiu à autarquia entre 1977 e 1989), Albertino Mota Silva (eleito pelo PSD, liderou o Município desde 1989 a 2009), e Joaquim Monteiro Mota e Silva (eleito pelo PSD, desde Outubro de 2009).
2 comentários:
Olá amigo Orlando
É fundamental falar sobre estas coisas para que não se esqueçam e não se desvalorize o bem que temos a Liberdade.
Grande abraço
Gallobar
Oi trata-se a 3ª vez que li o teu blog e gostei muito!Espectacular Projecto!
Até à próxima
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