Com este trabalho pretende-se conhecer melhor a história do Mosteiro Beneditino de S. João do Ermo de Arnóia, cuja edificação é, provavelmente, anterior à fundação da nacionalidade portuguesa, apesar de não se saber ao certo a data em que terá sido edificado.
Existem várias teorias baseadas em fontes históricas que permitem concluir que este mosteiro já existia no século X.
Alguns autores atribuem a fundação do convento, no ano de 995, a D. Arnaldo de Baião, cavaleiro mítico e que durante a Reconquista da península, então invadida pelos muçulmanos, veio combater os infiéis de Almançor (anos 976 a 1002).
Mas, há quem defenda que a fundação do Mosteiro de S. João de Arnóia se deva a D. Múnio Moniz, alcaide do Castelo de Arnoia, honra concedida por D. Fernando I de Castela.
D. Múnio Moniz fazia parte dos cavaleiros da Gasconha, de estirpe nobre, que no ano de 998 entraram na península.
Depois de afastado o invasor islamita para sul do rio Douro, pensa-se que o repovoamento começou pela construção de vários cenóbios (comunidades religiosas).
Nesta época o Território Portucalense desenvolve-se também no aspecto político e geograficamente define-se naquilo que virá a chamar-se Portugal.
Ainda hoje existe o túmulo vazio de D. Múnio Moniz, que se encontra nos claustros do mosteiro, onde se pode ler “D. Múnio Moniz aqui jaz no seu mosteiro…na era de 1072” (ano de Cristo de 1034).
De referir que D. Múnio Moniz, quer tenha sido fundador do Mosteiro de Arnóia, ou apenas seu padroeiro, pelo facto de o ter valorizado, foi um cavaleiro de honrada estirpe e tronco familiar de D. Egas Moniz, aio e conselheiro do primeiro rei português, D. Afonso Henriques.
Devido à sua localização, este mosteiro “foi chamado S. João do Ermo, por ser em terra agreste junto ao Monte Farinha, que tem uma légua de subida”, segundo o padre Torcato Peixoto de Azevedo no livro “Memórias Ressuscitadas da Antiga Guimarães”.
Mas o lugar escolhido, conforme defende Frei Leão de S. Tomás, não foi por acaso. “Parece que os fundadores, como o queriam edificar em honra de S. João Baptista, escolheram lugar semelhante ao deserto; que ficava entre Jerusalém e Jericó, no qual o glorioso Baptista viveu quando saiu a baptizar e a pregar nas ribeiras do Jordão”.
O Convento foi muito rico, tratava-se de um “mosteiro grande e com muitas rendas”, senhor do couto de Rebordelo e Paradança situados além Tâmega e muitas outras terras que veio a perder no reinado de D. João I.
À semelhança do que aconteceu com vários outros templos, ao longo dos anos, a igreja sofreu obras de melhoramento e ampliação. Durante o século XVIII, a velha igreja românica deu lugar a um templo com torre sineira alta.
Ainda hoje podemos observar, junto à casa das Abegoarias, os diferentes períodos construtivos.
O historiador José Mattoso faz referência a uma doação de um proprietário do lugar de Cerqueda, a favor do mosteiro em 1075.
Conforme consta no livro “O Bispo D. Pedro e a Organização da Diocese de Braga” do padre Avelino Jesus Costa, também existe uma outra “doação de Rodrigo Pais em 1091 de numerosas propriedades ao mosteiro”.
Durante o reinado de D. Maria II, o Mosteiro de Arnóia não escapou ao decreto de 30 de Maio de 1834, em consequência das reformas do ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça Joaquim António Aguiar, conhecido como “O Mata Frades”, que extinguiu as Ordens Religiosas em Portugal.
“Os bens dos Conventos, Mosteiros, Colégios, Hospícios e quaisquer Casas de Religiosos das Ordens regulares” ficavam “incorporados nos próprios cofres da Fazenda Nacional”, determinava a legislação, tendo o Mosteiro de S. João de Arnóia sido confiscado, como todos os outros.
Para conhecer mais profunda e detalhadamente a história deste Mosteiro, aconselhamos a leitura da obra do P.e Dr. Armandino Pires Lopes, “Mosteiro de S. João Baptista de Arnóia”.
Existem várias teorias baseadas em fontes históricas que permitem concluir que este mosteiro já existia no século X.
Alguns autores atribuem a fundação do convento, no ano de 995, a D. Arnaldo de Baião, cavaleiro mítico e que durante a Reconquista da península, então invadida pelos muçulmanos, veio combater os infiéis de Almançor (anos 976 a 1002).
Mas, há quem defenda que a fundação do Mosteiro de S. João de Arnóia se deva a D. Múnio Moniz, alcaide do Castelo de Arnoia, honra concedida por D. Fernando I de Castela.
D. Múnio Moniz fazia parte dos cavaleiros da Gasconha, de estirpe nobre, que no ano de 998 entraram na península.
Depois de afastado o invasor islamita para sul do rio Douro, pensa-se que o repovoamento começou pela construção de vários cenóbios (comunidades religiosas).
Nesta época o Território Portucalense desenvolve-se também no aspecto político e geograficamente define-se naquilo que virá a chamar-se Portugal.
Ainda hoje existe o túmulo vazio de D. Múnio Moniz, que se encontra nos claustros do mosteiro, onde se pode ler “D. Múnio Moniz aqui jaz no seu mosteiro…na era de 1072” (ano de Cristo de 1034).
De referir que D. Múnio Moniz, quer tenha sido fundador do Mosteiro de Arnóia, ou apenas seu padroeiro, pelo facto de o ter valorizado, foi um cavaleiro de honrada estirpe e tronco familiar de D. Egas Moniz, aio e conselheiro do primeiro rei português, D. Afonso Henriques.
Devido à sua localização, este mosteiro “foi chamado S. João do Ermo, por ser em terra agreste junto ao Monte Farinha, que tem uma légua de subida”, segundo o padre Torcato Peixoto de Azevedo no livro “Memórias Ressuscitadas da Antiga Guimarães”.
Mas o lugar escolhido, conforme defende Frei Leão de S. Tomás, não foi por acaso. “Parece que os fundadores, como o queriam edificar em honra de S. João Baptista, escolheram lugar semelhante ao deserto; que ficava entre Jerusalém e Jericó, no qual o glorioso Baptista viveu quando saiu a baptizar e a pregar nas ribeiras do Jordão”.
O Convento foi muito rico, tratava-se de um “mosteiro grande e com muitas rendas”, senhor do couto de Rebordelo e Paradança situados além Tâmega e muitas outras terras que veio a perder no reinado de D. João I.
À semelhança do que aconteceu com vários outros templos, ao longo dos anos, a igreja sofreu obras de melhoramento e ampliação. Durante o século XVIII, a velha igreja românica deu lugar a um templo com torre sineira alta.
Ainda hoje podemos observar, junto à casa das Abegoarias, os diferentes períodos construtivos.
O historiador José Mattoso faz referência a uma doação de um proprietário do lugar de Cerqueda, a favor do mosteiro em 1075.
Conforme consta no livro “O Bispo D. Pedro e a Organização da Diocese de Braga” do padre Avelino Jesus Costa, também existe uma outra “doação de Rodrigo Pais em 1091 de numerosas propriedades ao mosteiro”.
Durante o reinado de D. Maria II, o Mosteiro de Arnóia não escapou ao decreto de 30 de Maio de 1834, em consequência das reformas do ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça Joaquim António Aguiar, conhecido como “O Mata Frades”, que extinguiu as Ordens Religiosas em Portugal.
“Os bens dos Conventos, Mosteiros, Colégios, Hospícios e quaisquer Casas de Religiosos das Ordens regulares” ficavam “incorporados nos próprios cofres da Fazenda Nacional”, determinava a legislação, tendo o Mosteiro de S. João de Arnóia sido confiscado, como todos os outros.
Para conhecer mais profunda e detalhadamente a história deste Mosteiro, aconselhamos a leitura da obra do P.e Dr. Armandino Pires Lopes, “Mosteiro de S. João Baptista de Arnóia”.